O desenho faz parte de um pensamento visual que move o trabalho do artista. A obra de arte nasce como uma interação entre visão e pensamento, sendo corporizada grande parte das vezes através do recurso a este meio de registo.
Ao longo da história da arte verificou-se que o desenho foi sendo relegado para um segundo plano, tido como um mero registo preparatório e que não deveria ser partilhado. Todavia, e com o decorrer da década de 60, assistimos a uma alteração deste paradigma e ele – o desenho – adquire uma maior relevância, sendo-lhe conferido um estatuto idêntico ao da pintura ou da escultura, por exemplo.
As imagens desencadeiam processos no nosso cérebro que as palavras não reconhecem. Desenhar não é apenas um processo artístico, é também pensamento.
Desenhar é apropriar-se da realidade, dar-lhe forma. O desenho é uma das formas mais antigas e perfeitas de interpretação e criação do mundo.
Este é o mote para um conjunto de exposições designadas por “O Desenho como Pensamento”, em que os diversos artistas convidados, distintos na sua linguagem conceptual, privilegiam o desenho na sua obra.
CICLO DE EXPOSIÇÕES E CONVERSAS SOBRE O DESENHO
– 18 exposições individuais
– 1 exposição coletiva
– 1 exposição da coleção Norlinda e José Lima
– 6 conversas temáticas
LOCAIS: