Foi assinado esta quarta-feira o Protocolo de Cooperação entre a Associação para o Desenvolvimento da Estação de Apoio à Bovinicultura Leiteira (EABL), a Associação de Criadores da Raça Marinhoa (ACRM) e a Confraria da Raça Marinhoa na sede da EABL e da ACRM em Verdemilho, Aveiro. A EABL é a entidade gestora do Livro Genealógico da raça Marinhoa e a ACRM é a gestora da Carne Marinhoa DOP.

Este Protocolo de Cooperação visa estreitar os laços entre estas três instituições bem como a incentivar a realização de um conjunto de actividades por forma a promover esta raça autóctone ameaçada, dando-a a conhecer através de diversas acções de sensibilização para este problema. Esta cooperação existente entre as três instituições foi formalmente apresentada e lavrada através da assinatura pública do Protocolo de Cooperação. Este alto e significativo momento foi testemunhado e presenciado por membros das instituições outorgantes bem como por representantes de grande parte dos Municípios do Solar da Raça Marinhoa “estreitando laços e vontades de elevar a nossa Raça e a Carne Marinhoa DOP ao mais alto nível”. São dezanove os Municípios que compreendem o Solar da Raça Marinhoa sendo que 15 pertencem ao Distrito de Aveiro e 4 ao Distrito de Coimbra.

Estas três instituições, apesar de só agora terem formalizado o Protocolo, já caminhavam de mão dadas desde o início do ano, mais precisamente desde o dia 6 de Janeiro, quando ocorreu a primeira reunião e encontro entre as três entidades.

Para além do enaltecimento das características organolépticas da Carne Marinhoa DOP foi ressaltada também a importância da preservação de todo um património cultural, material e imaterial, em torno do universo desta importante raça preservando assim as memórias colectivas do Povo da região do Solar da Raça.

Após o momento solene da assinatura do protocolo, foi servido um Espumante de Honra bem como algumas iguarias confeccionadas com a Carne Marinhoa DOP, todas produtos gourmet por excelência, e as quais visavam dar a conhecer aos convivas o elevado potencial gastronómico desta carne de excelência.

“Com este protocolo a Raça Marinhoa sai ainda mais forte emergindo do estado onde foi lançada pela vicissitude dos tempos, através da persistência dos seus Criadores, Entidades e Consumidores. Um longo caminho ainda por percorrer, mas onde se vislumbra um futuro promissor”.