Mais de 250 mil pessoas visitaram a Mata do Bussaco em 2019, apesar dos estragos provocados pelo mau tempo, que levaram, até, ao seu encerramento temporário, revelou hoje o presidente da Fundação Mata do Bussaco.
“Em 2019, infelizmente, tivemos condições climatéricas pouco favoráveis, com a tempestade Elsa e a depressão Fabien a provocarem muitos prejuízos, sobretudo na rede viária da Mata e nas árvores de grande porte, que ainda estão a ser reparados”, disse à agência Lusa António Gravato.
Apesar do encerramento temporário para limpeza e remoção de árvores caídas, os visitantes em 2019 foram apenas menos 25 mil do que no ano anterior.
Portugal continuou como o país que atraiu mais visitantes à Mata Nacional, seguido de França, Espanha, Alemanha, Israel, Holanda, Brasil, Estados Unidos da América e Inglaterra.
Os estragos provocados por Elsa e Fabien ainda são visíveis, sobretudo na estrada que conduz ao Palace Hotel, onde o trânsito permanece condicionado.
A água da chuva e o vento provocaram a queda de três árvores de grande porte nesta zona, soltando as pedras e cortando a circulação.
Três equipas da Mata do Bussaco, reforçadas com máquinas e funcionários da Câmara da Mealhada e com voluntários, continuam a desobstruir os 21 quilómetros de rede viária da Mata, refere António Gravato.
As operações de limpeza estão a ser financiados com fundos da Mata e da Câmara da Mealhada, mas Gravato adianta que está a ser preparada uma candidatura nos mesmos moldes do que aconteceu quando a Mata foi intervencionada para reparar os estragos deixados pela tempestade tropical Leslie, em 2018.
Nessa altura, a intervenção inicial de emergência, estimada em mais de 200 mil euros, foi financiada pelo Fundo Florestal Permanente. Seguiu-se nova candidatura a fundos comunitários, de valor semelhante.
Com 105 hectares, a Mata Nacional do Bussaco foi plantada pela Ordem dos Carmelitas Descalços no século XVII, encontrando-se delimitada pelos muros erguidos pela ordem para limitar o acesso.
Actualmente classificado como Imóvel de Interesse Público, o conjunto monumental do Bussaco apresenta um núcleo central formado pelo Palace Hotel do Bussaco (instalado desde 1917 num pavilhão de caça dos últimos reis de Portugal) e pelo Convento de Santa Cruz, a que se juntam as ermidas de habitação, as capelas de devoção e os Passos que compõem a Via-Sacra, a Cerca com as Portas, o Museu Militar e o monumento comemorativo da Batalha do Buçaco.
Lusa