A Câmara Municipal de Águeda adquiriu dois terrenos, em Paredes, próximo do antigo IVV (Instituto da Vinha e do Vinho), no decurso da segunda fase das intervenções estruturais para o controlo de cheias, que permitem “melhorar o projeto e dar uma resposta mais eficaz às necessidades da obra”.
Em causa está a construção da estação elevatória e de um muro de proteção contra as cheias que, com a aquisição dos dois lotes, no valor global de cerca de 78 mil euros, ficam melhor localizados e com condições mais adequadas de utilização, complementando a obra em curso.
No primeiro lote adquirido, já em dezembro do ano passado, está a ser construída a estação elevatória, enquanto o segundo, comprado esta semana, permite que o muro de contenção que está a ser construído tenha um outro alinhamento estrutural, retirando uma zona em forma de “bico”.
Desta forma, com a aquisição deste lote, habitualmente utilizado para a Festa de Nossa Senhora da Ajuda, o muro passa a fazer um eixo retangular e o restante espaço de terreno passa para domínio público, ampliando a zona de fruição pedonal.
Esta segunda fase da intervenção referente ao sistema de drenagem da cidade, entre a Capela de Paredes e o Posto de Turismo de Águeda, implica um investimento de 1,99 milhões de euros e replica o modelo implementado na zona da primeira fase, na baixa da cidade, com a construção de uma estação elevatória, criação de válvulas de retenção e bombas para “forçar” a água a entrar no rio, deixando toda a envolvente a seco.
“O resultado comprovado no último inverno e já este ano com as primeiras chuvas e constantes alertas de subida de caudal do rio atestam que o sistema funciona e que mantém toda a zona da baixa a ‘seco’”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, acrescentando que esta segunda fase, usando o eixo da antiga estrada nacional, vai permitir que a zona de Paredes fique “muito mais resistente à possibilidade de uma cheia”.