A empreitada da requalificação dos edifícios da Orquestra Típica, Cancioneiro e Conservatório e do espaço exterior envolvente foi adjudicada à empresa Nível 20 – Estudos, Projectos e Obras, Lda. e o investimento global foi de 1,02 milhões de euros.
A reabilitação do Conservatório baseou-se no tratamento das paredes exteriores, com tratamento térmico, bem como na substituição da caixilharia, cobertura e caleiras do edifício. Foi ainda realizada a adaptação sanitária para deficientes e melhoradas as condições de mobilidade no edifício, com a implementação de uma plataforma elevatória para pessoas com mobilidade reduzida.
Ainda relativamente ao Conservatório, é aqui que está uma das obras de maior envergadura que passou pela construção de um espaço novo, construído de raiz, numa zona em declive e quase em cave, o que torna o seu impacto visual quase nulo. Trata-se de uma sala polivalente, para ensaios de orquestra, aulas ou outras funcionalidades, ampliando a capacidade deste equipamento cultural.
Já no Cancioneiro foi colocado um telhado novo, com uma estrutura em perfis de ferro, rematado no cume com uma clarabóia, garantindo a entrada de luz natural no espaço. Apesar desta alteração, o edifício mantém a sua traça original, uma vez que as paredes exteriores foram conservadas, preservando a sua identidade e características típicas aguedenses, de seixo rolado, ou godo como é comummente designado.
Quanto à Orquestra Típica, a intervenção implicou a substituição da cobertura, bem como foram melhoradas as condições de acessibilidade e de conforto térmico (paredes duplas com caixa-de-ar). O espaço foi ampliado com a construção de uma nova sala e foram demolidas algumas paredes para se obterem espaços mais amplos e polivalentes. As fachadas deste edifício foram revestidas com seixo rolado, devolvendo ao espaço uma linguagem arquitetónica coerente com a do complexo.
Uma das grandes intervenções neste complexo prende-se com os arranjos exteriores, uma área que foi transformada, num tratamento paisagístico que apresenta uma bancada a céu aberto e vários espaços verdes.
“Hoje é um dia muito feliz, porque temos aqui uma obra que enriquece Águeda”, afirmou Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, durante a entrega das chaves dos edifícios da Orquestra Típica, Cancioneiro e Conservatório de Música de Águeda, depois das obras de requalificação de que foram alvo no último ano.
Sobre a intervenção, o arquiteto e coordenador da equipa de projeto, Daniel Oliveira, natural de Águeda, frisou que é visível “a diferença entre o que estava antes e o que podemos ver agora”, sublinhando que as associações têm, hoje, muito melhores condições “tanto no interior, dos pontos de vista térmico, acústico, espacial e funcional”, como no exterior “com um espaço público/coletivo que ficou muito mais capacitado para ser utilizado e que deveria ser de uso pedonal”.
O momento foi simbólico, tendo em conta as atuais circunstâncias, pelo que a inauguração formal será feita numa altura mais oportuna.