A Câmara Municipal de Estarreja equipou os dois agrupamentos escolares do concelho (Estarreja e Pardilhó) com 120 tablets e 100 acessos à internet, com o objetivo de garantir que todos os alunos tenham as mesmas oportunidades e as ferramentas necessárias para o seu processo de aprendizagem.
Com a suspensão das atividades letivas presenciais, sabendo-se que nem todas as famílias conseguem garantir aos seus filhos os meios necessários para o ensino à distância por meios digitais e não obstante o anúncio do Governo do programa de digitalização das escolas para o próximo ano letivo, a autarquia considerou que devia criar, ainda neste 3.º período, as condições de igualdade, disponibilizando equipamentos e acesso à internet. O investimento municipal nesta medida foi de 45 mil euros.
Foi a pensar nestas dificuldades, “ajudando a minimizar desigualdades sociais e promovendo a igualdade de acesso a uma educação de qualidade, e no impacto negativo que toda esta situação trouxe à educação das nossas crianças e jovens, que encontrámos uma solução educativa de ensino à distância”, realça o Vereador da Educação, João Alegria.
Num trabalho permanente de conjugação de esforços e articulação com as escolas, o empréstimo dos equipamentos pela autarquia aos alunos foi efetuado de acordo com um levantamento de necessidades realizado pelos Agrupamentos de Escolas.
Num momento já de normalização, após a entrega dos equipamentos aos alunos, a diretora do Agrupamento de Escolas de Pardilhó, Lurdes Pereira, sublinha que “a colaboração da autarquia foi fundamental para assegurarmos tablets e acesso à Internet aos alunos do 2º e 3º ciclos, que não tinham nenhum tipo de equipamento (alguns nem telemóvel) ou que apenas dispunham de telemóvel para aceder às sessões síncronas e para fotografar as atividades que realizavam. Dentro de cada uma das situações referidas, foram priorizados os alunos que beneficiam da Ação Social Escolar.”
A professora explica que, no caso dos alunos do 1º ciclo, “foram disponibilizados os tablets já oferecidos anteriormente pela autarquia para utilização em sala de aula, juntamente com os acessos à Internet agora disponibilizados”, concluindo que “neste momento não há nenhum aluno sem acesso às sessões síncronas e sem possibilidade de enviar as atividades realizadas.”
Com esta medida, a Câmara Municipal deu uma resposta aquela que era a principal limitação desta alternativa de ensino: “o facto de um considerável número de alunos não dispor de equipamento informático e acesso à internet, o que, numa situação de ensino à distância estruturado, com a lecionação de novos conteúdos, inviabilizava a aprendizagem e a realização de tarefas”, considera Lurdes Pereira.
Esta solução procura segundo a Autarquia:”Garantir a continuidade de aprendizagem à distância, num ambiente rico em tecnologia, facilitador da aprendizagem, do trabalho colaborativo e da partilha de ideias;Favorecer a realização de atividades dinâmicas e lúdicas, envolvendo os diversos atores da comunidade educativa, numa rede capaz de promover e desenvolver conhecimentos, competências e valores que ajudem as crianças a desempenhar um papel ativo na comunidade e Prevenir e reduzir o abandono escolar precoce”.