A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) considerou, mais uma vez, inaceitável o atraso na colocação de 65 médicos de família na região Centro, um mês depois da abertura dos concursos.
“Estamos a aguardar a colocação dos médicos de família, sem se perceber ainda o motivo deste atraso. Já passou mais de um mês depois da publicação do aviso de abertura do concurso e não temos respostas efectivas”, criticou Carlos Cortes, presidente da SRCOM.
Segundo o dirigente trata-se de 365 médicos que aguardam colocação a nível nacional, 65 na região Centro.
O presidente da SRCOM mostrou-se “extremamente preocupado”, na medida em que esta semana “se assiste ao regresso da actividade escolar e está-se a aproximar a época Outono/Inverno”, na qual se pode assistir ao ” aumento gradual das infecções respiratórias”.
“Neste contexto tão sensível, os recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar continuam a aguardar a colocação para poder desempenhar adequadamente as suas funções e dar resposta à extensa lista de utentes sem médico de família”, lamenta Carlos Cortes, que manifesta apreensão “para esta incúria e desorganização na gestão de recursos humanos da área da Saúde”.
“Face à emergência sanitária que estamos a atravessar e às necessidades dos utentes – especialmente os mais vulneráveis – é urgente contratar os médicos recém-especialistas”, reitera.
Carlos Cortes considera que o Ministério da Saúde deve proceder, “com carácter de urgência”, à colocação dos médicos de família na região Centro, assim como no resto do país, “uma vez que, mais do que nunca, é crucial o contributo dos cuidados de saúde primários na resposta à crise sanitária”.
Jornal Campeão das Províncias