O concelho de Ansião tem desde ontem (8) um Centro Local de Aprendizagem (CLA) da Universidade Aberta (UA), a funcionar no Centro de Negócios, localizado no Parque Empresarial do Camporês. O CLA de Ansião vai permitir aos estudantes desenvolverem as suas aprendizagens através de um campus virtual, com recurso às novas tecnologias.
Para o presidente da Câmara Municipal, António José Domingues, “o CLA permite a valorização do território e das pessoas”, contribuindo para “colocar o concelho na senda do progresso e da coesão territorial”. O centro, que visa aumentar e melhorar a formação e a especialização das pessoas, está sedeado “num local importante para a nossa capacidade de desenvolvimento”, frisou o autarca, referindo-se ao Centro de Negócios e ao Parque Empresarial do Camporês, que considera serem “espaços de excelência para o crescimento e projecção do concelho”.
Afinal, “temos um Parque Empresarial já implementado com unidades empresariais de referência”. Porém, o Município quer aumentar ainda mais esta zona, pelo pretende ampliar o parque para a zona norte da IC8, bem como “potenciar o Centro de Negócios com novas empresas e jovens empreendedores”. Neste sentido, a entrada em funcionamento do CLA pode também ser importante para a concretização destes objectivos, uma vez que permite “o desenvolvimento das pessoas do concelho e da região”.
Certo de que o CLA vai “extravasar as fronteiras do concelho”, António José Domingues espera que através deste centro “possam estabelecer-se novas parcerias, criar-se novos eventos e surgir outras actividades que enriqueçam o território e as pessoas”.
“O vínculo de uma proposta desta natureza às dinâmicas socioculturais é geradora de efeitos muito positivos para as entidades locais”, defendeu o vice-reitor da UA, Domingos Caeiro, argumentando que “pode proporcionar formação académica e cultural às populações das regiões onde estão inseridas”, mas também possibilita “consolidar os argumentos a favor de um desenvolvimento que se quer sustentável e com coesão”.
“A UA é sobretudo um projecto de valorização das pessoas e da sociedade”, enalteceu o vice-reitor, na expectativa de que a abertura deste CLA “seja o início de um percurso partilhado em conjunto em prol da formação das populações locais e da região envolvente”.
“Queremos acrescentar valor não só do ponto de vista financeiro, mas sobretudo do ponto de vista social e humano”, assegurou o director da Delegação Regional do Porto, António Moreira, adiantando que “falar de universidades é obviamente falar de ensino e investigação”, pelo que “também temos esse papel fundamental de fazer uma investigação essencialmente a ver com o desenvolvimento local”. Desta forma, a UA compromete-se a ser “também uma unidade de investigação e estudos locais”, que pretende “perceber efectivamente o que é importante para a zona de Ansião e qual o tipo de projectos onde podemos colaborar”.
“Para além destes processos pedagógicos, queremos ter investigação para contribuir para o desenvolvimento de Ansião de uma forma integrada”, afirmou António Moreira, constatando que “é importante que todos façam parte desta equipa e que sejam parceiros para conseguirmos um trabalho essencial para o desenvolvimento da zona de Ansião”.
(Na foto, Domingos Caeiro, António José Domingues e Dúnia Palricas, coordenadora do CLA de Ansião)
CARINA GONÇALVES