O Cineteatro Messias vai manter em 2020, ano em que celebra 70 anos de atividade na Mealhada, o “modelo de gestão assente em receitas de bilheteira que garantiu recordes de assistência em 2019”, foi hoje anunciado.
“O ano de 2019 foi o melhor de todos, na última década, em matéria de programação cultural e adesão do público aos eventos artísticos e foi também, seguramente, um dos melhores anos de sempre em toda a história do Cineteatro Messias”, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro.
O autarca do município do distrito de Aveiro referiu que, em 2020, vai continuar a aposta no modelo de gestão assente nos resultados da bilheteira: “São condições muito vantajosas para o município e raras a nível nacional”, afirmou.
“Todos os grandes espetáculos são produções externas, ou seja, à bilheteira. A Câmara cede o Cineteatro Messias e apoia os produtores em questões de natureza técnica, logística e de promoção. Não pagamos cachês, mas somos logo os primeiros a dar o exemplo no sentido de que as coisas corram bem para quem aceita as nossas condições, porque os membros do executivo municipal são os primeiros a comprar e pagar os seus bilhetes”, indicou o autarca.
À semelhança de 2019, a aposta no novo ano será feita numa “programação transversal”, capaz de atingir públicos variados.
“Em 2019, oferecemos uma programação completamente transversal sob todos os aspetos, com espetáculos de elevada qualidade, para todos os públicos, de música, teatro para adultos e para bebés, stand-up, revista à portuguesa, musicais infantis, marionetas”, lembrou o diretor do Cineteatro, Miguel Gonçalves.
José Cid, Paulo de Carvalho, Rui Massena, Fernando Mendes, Black Mamba e António Raminhos são as principais apostas do Cineteatro Messias para os primeiros seis meses de 2020.
O ano arranca com a celebração dos 70 anos de atividade do Cineteatro, mandado construir pelo benemérito comendador Messias Baptista, fundador das Caves Messias.
“Tirando partido da sua influência e relacionamento com os melhores arquitetos que projetavam as grandes obras da época, o industrial deixou o projeto a cargo do consagrado arquiteto Raul Rodrigues Lima, com larga experiência em edifícios desta natureza, de que são exemplo o Teatro Micaelense, o Teatro Avenida de Aveiro, o Império de Lagos e o emblemático Monumental de Lisboa”, contou Miguel Gonçalves.
Em meados da década de 80 do século passado, o Cineteatro foi forçado a encerrar devido à acentuada degradação do edifício. Retomou a atividade em 2001, após obras de requalificação que reduziram plateia de 500 para 368 cadeiras, já sob a gestão da autarquia, que assegurou, junto da família Messias, o direito de superfície por 55 anos renováveis.
Lusa