A MUBi (Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta) e uma coligação global de organizações que defendem a mobilidade em bicicleta pedem um aumento do uso deste meio de transporte, numa carta aberta dirigida aos governos na COP26, de modo a “alcançar as metas climáticas de forma rápida e eficaz”.

A associação e a coligação global sublinham o contínuo aumento das emissões de CO2 do sector dos transportes. “Os transportes rodoviários são, em Portugal, responsáveis por mais de 95% das emissões do sector dos transportes e também a principal causa da poluição do ar nas cidades”, aponta o documento.

Sobre a alternativa de transição para automóveis com zero emissões, a carta defende que esta “levará décadas até estar concluída e não resolverá muitos outros problemas da sociedade como os congestionamentos de tráfego, a ineficiência do uso dos espaços urbanos e estilos de vida sedentários”.

Para estas duas organizações, o uso da bicicleta é muito mais eficaz para alcançar as metas climáticas do que a eletrificação dos veículos rodoviários pois esta solução é mais rápida.

“A MUBi, a European Cyclists’ Federation e todos os membros desta coligação global acreditam que a utilização da bicicleta representa uma das maiores esperanças da humanidade para uma mudança no sentido de um futuro sem carbono”, lê-se na carta.

“O mundo não pode dar-se ao luxo de esperar décadas para que os carros movidos a combustíveis fósseis sejam totalmente eliminados e substituídos por veículos elétricos. Temos de aproveitar urgentemente as soluções que a utilização de bicicleta oferece, ampliando radicalmente o seu uso”, acrescenta ainda o documento.

A carta foi enviada aos governos e aos ministros responsáveis pela mobilidade e transportes antes do início da COP26.

Lusa