O Lar da Misericórdia de Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, tem 46 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 28 em utentes e 18 em colaboradores, revelou hoje o presidente da Câmara local, Gonçalo Rocha.
Segundo o autarca, o plano de contingência foi ativado na instituição e a situação está a ser acompanhada pelas autoridades de saúde, “cumprindo-se tudo o que é determinado nestas situações”.
Esta semana, acentuou, vão decorrer mais testes para apurar a evolução da situação no lar de idosos, reforçando a necessidade de, no quadro atual de pandemia, haver maior rigor nestas instituições “atendendo à vulnerabilidade dos utentes”.
A situação no lar foi despoletada na semana passada, quando um utente se deslocou ao hospital, tendo-se concluído estar infetado pelo novo coronavírus, que provoca a doença da Covid-19.
O presidente lamenta hoje o que está a acontecer, nomeadamente o aumento de casos no concelho, mas recorda que está em linha com a tendência que se observa no país e na região, frisando que “nada está a ser escondido da população” por parte do município.
Gonçalo Rocha disse, por outro lado, já ter havido necessidade de colocar turmas da escola secundária em quarentena e referiu a existência de “alguns” casos de covid-19 na empresa Bradco, a maior empregadora do concelho, onde foi acionado o plano de contingência.
O presidente da Câmara apelou hoje à responsabilidade “de todos, sem exceção”, para tentar suster a propagação da doença, num momento que está a ser “muito difícil” e que só uma vacina poderá resolver.
Porém, para o autarca, “o concelho e o país não podem parar, porque a economia não resistiria se isso acontecesse”.
Lusa