Águeda, Aveiro, 15 de Outubro de 2024

Covid-19: Portugal entrou em fase de mitigação

26 de Março 2020

Portugal entrou hoje (26) em fase de mitigação da pandemia da covid-19, por determinação da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

A preparação dos hospitais e centros de saúde para a covid-19 está definida numa norma que estabelece o modelo de abordagem da pessoa com suspeita de infecção, ou com infecção confirmada, durante a despistagem, encaminhamento e tratamento dos casos.

Esta é a terceira fase e a mais grave de resposta à doença e é activada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

A resposta é focada na atenuação dos efeitos da doença e na diminuição da sua propagação, minimizando a mortalidade associada.

Nesta fase, os doentes ligeiros ficam em casa, os moderados vão aos centros de saúde, os graves, mas não críticos, são encaminhados para os hospitais e os críticos são internados.

Os centros de saúde e hospitais terão, então, de dispor de áreas dedicadas à doença covid-19.

Nos hospitais com serviços de pediatria “poderá ser adequado a reorganização dos serviços” para “dedicar unidades hospitalares exclusivamente ao tratamento de doentes com covid-19 em idade pediátrica, após ser esgotada a capacidade de resposta dos hospitais de referência identificados para o tratamento dos doentes covid-19 em idade pediátrica”.

De acordo com a DGS, para a fase de mitigação fazem testes de despistagem as pessoas com suspeita de infecção, isto é, que apresentem sintomas como febre, tosse persistente ou tosse crónica agravada e dificuldade respiratória.

No caso de não ser possível testar todas as pessoas com suspeita de covid-19, a DGS definiu uma cadeia prioritária: primeiro são os doentes com critérios de internamento hospitalar; segundo os recém-nascidos e as grávidas; e em terceiro os profissionais de saúde com sintomas.

Seguem-se os doentes com comorbidades (como asmáticos, insuficientes cardíacos, diabéticos, doentes hepáticos ou renais crónicos, pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica e doentes oncológicos) ou pessoas com imunidade frágil e em situação de maior vulnerabilidade, como residentes em lares ou em unidades de convalescença.

Por último, serão testadas as pessoas em contacto próximo com estes doentes.

Jornal Campeão das Províncias


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