Águeda, Aveiro, 20 de Abril de 2025

Cuidados Intensivos reforçados com mais 202 camas e 350 enfermeiros

2 de Novembro 2020

As Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) vão ser reforçadas com mais 202 camas e vão ser contratados mais 350 enfermeiros estes serviços do SNS.

O primeiro-ministro António Costa anunciou que as unidades de cuidados intensivos serão reforçadas agora com 52 camas, 50 até ao final de Dezembro e as restantes 100 em Janeiro de 2021.

O chefe do Governo sublinhou que os novos enfermeiros para as UCI vão ser contratados num “regime excepcional” e o “concurso agora aberto” terá até 350 vagas.

“Não serão contratados a termo, mas são directamente contratados para sua integração na carreira de forma a que seja um concurso que incentiva mais enfermeiros a concorrer”, disse António Costa, frisando que o concurso para enfermeiros das UCI decorre em paralelo com os concursos a decorrer ou que vão ser abertos para a contratação de novos médicos para estas unidades.

Segundo o governante, neste momento, está em curso a colocação nos hospitais de 48 médicos intensivistas e em Janeiro será aberto um novo concurso para a formação de mais 46.

O primeiro-ministro avançou que, actualmente, o SNS tem “ainda 362 camas com capacidade para acolher novos doentes covid-19”. “É evidente que se continuar a subir esta pandemia, aquelas 362 camas vão crescer para podermos acomodar mais doentes covid. Mas esse crescimento será feito necessariamente à custa das camas que estão disponíveis para outro tipo de patologias”, alertou, dando conta que as Unidades de Cuidados Intensivos têm actualmente uma reserva de 70 camas para doentes com covid-19.

António Costa frisou que, em caso de necessidade, pode ser alargado esta capacidade dos UCI com recurso a mais 505 camas que podem ser mobilizados e afectas aos doentes com covid-19.

“Se continuarmos a pressionar o SNS nós temos dificuldades crescentes para responder a esta situação”, disse ainda.

Na sua intervenção inicial, o primeiro-ministro referiu que, se nada for feito para travar o crescimento da pandemia, que se verifica desde meados de agosto, o aumento de infecções “conduzirá a uma pressão insustentável do SNS e a um agravamento da saúde pública”.

Apresentando vários indicadores, António Costa referiu que a média de testes positivos subiu, desde o início da pandemia, de 4,1 por cento para oito por cento no mês de Outubro, o que significa que “está a crescer de forma significativa”.

O chefe do Governo apontou, também, para o crescimento de testes diários realizados, de uma média de 2 578 em Março para 24 397 em Outubro, tendo sido o passado dia 20 aquele que registou o maior número, com um total de 32 717.

Dos casos positivos, de acordo com os dados ontem apresentados, 96,6 por cento dos infectados ficaram em isolamento em casa, 2,9 por cento foram internados e 0,5 por cento colocados em Unidades de Cuidados Intensivos.

Ainda a respeito de testes, o primeiro-ministro afirmou que no dia 09 de Novembro vai arrancar o protocolo com a Cruz Vermelha, que prevê o aumento da capacidade de testagem rápida antigénio, com vista a despistar pessoas em risco de estarem infectadas, e que, apesar de terem menos precisão em relação aos testes PCR, podem “responder rapidamente à generalidade das situações” a encaminhar para os serviços.

António Costa fez, ainda, uma referência à aplicação ‘Stayaway Covid’, que descreveu como “uma ferramenta essencial para controlar a pandemia”, e que conta actualmente com 2, 451 851 descargas num universo de 6,2 milhões de ’smartphones’.


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