O Dia Mundial do Cancro, que se assinala hoje, vai ser marcado pelo Núcleo Regional do Centro da Liga (NRC-LPCC) com diversas iniciativas, “associando-se, desta forma, à campanha global que incentiva à mudança de comportamentos perante a doença oncológica”.
Este ano assinala-se o último da campanha “Eu Sou e Eu Vou”, que visa mostrar o impacto que as nossas acções têm ao nosso redor”, pelo que se pretende “lembrar o poder da cooperação e do trabalho em conjunto, na luta contra o cancro”.
A LPCC sinaliza, assim, esta efeméride com o lançamento de audiolivro infantil “Os superpoderes da Júlia” e o desafio “21 dias para a mudança”.
No sentido de promover a literacia para a saúde e fomentar a adopção de estilos de vida saudável, este ano, a LPCC convida todos a associarem-se à actividade “21 dias para a mudança”.
Após a inscrição no website da Liga, através do preenchimento de formulário próprio, os participantes recebem, durante 21 dias, no seu email, mensagens de cariz informativo e/ou motivacional.
“Através destas mensagens, procura-se incentivar a realização de pequenas, mas significativas acções, que possam causar impacto em áreas específicas relacionadas com a luta contra o cancro.
O formulário de inscrição está disponível em: https://www.ligacontracancro.pt/eu-sou-lpcc-e-vou-inspirar-mudanca/ e as inscrições estão disponíveis até ao próximo domingo (07).
Na região Centro, algumas empresas, como a Martifer, de Oliveira de Frades, e a Sinalux, da Figueira da Foz, já se associaram a este movimento, incentivando os seus colaboradores a aderirem à iniciativa. Também, no sector público, diversas autarquias locais partilharão com os seus colaboradores as mensagens diárias, bem como bibliotecas municipais que também não deixaram de dizer sim a esta causa
A Liga Portuguesa Contra o Cancro escolheu o Dia Mundial do Cancro para apresentar oficialmente o audiolivro infantil “Os superpoderes da Júlia”, que tem o objectivo de “explicar às crianças o que é o cancro, qual o seu impacto no dia-a-dia da família e como podem os mais pequenos ajudar a fazer a diferença”.
“Os superpoderes da Júlia” é o audiolivro infantil lançado pela LPCC, que conta com o apoio da MSD Portugal.
Assim, a sessão de apresentação decorre esta tarde, pelas 18h00, na página de Facebook da LPCC, e terá intervenções da médica pediatra Cândida Cancelinha, da psicóloga Sónia Silva e a moderação da jornalista Cláudia Pinto.
O audiolivro está disponível no website da LPCC: https://www.ligacontracancro.pt/ospoderesdajulia/.
A Júlia é uma “menina alegre, corajosa e cheia de vida e de um pai lutador que enfrentam o cancro com amor. A personagem Júlia vai descobrir que o pai tem uma doença chamada cancro – vai ficar mais cansado, terá de ir ao hospital fazer tratamentos e o seu cabelo vai acabar por cair. Com a ajuda da mãe, a Júlia vai também aprender que a doença não é contagiosa, que pode continuar a brincar e ajudar o pai a sentir-se melhor com os seus superpoderes”.
O Dia Mundial do Cancro, assinalado a 04 de Fevereiro, é uma iniciativa da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC) que, em 2021, volta a ter como tema “Eu Sou e Eu Vou”, com o objectivo de mostrar o impacto que as nossas acções têm ao nosso redor, ou seja, consciencializar para uma cidadania activa na luta contra o cancro.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) é membro da UICC desde 1983, e neste dia junta-se ao evento global que, este ano pretende lembrar o poder da cooperação e do trabalho em conjunto, na luta contra o cancro. Mesmo pequenas acções podem contribuir para um mundo com mais saúde e sem cancro.
Recorde-se que em Portugal, surgem cerca de 60 000 novos casos de cancro todos os anos, afectando milhares de famílias portuguesas. É uma doença que gera fragilidade emocional ao doente e ao seu núcleo familiar, provocando diferentes reacções ao longo do processo de tratamento, que podem ser agudizadas com a dificuldade em lidar com as mudanças físicas (temporárias ou permanentes) resultantes do tratamento e as limitações sentidas em pequenas tarefas do dia-a-dia.
O aumento da incidência de cancro e da taxa de sobrevivência, faz com que, não raras vezes, os doentes oncológicos tenham no seu núcleo familiar crianças pequenas, em idade pré-escolar ou nos primeiros anos de escola. Esta situação acarreta preocupações e cuidados acrescidos, difíceis de conciliar com as exigências de um tratamento muitas vezes longo, agressivo e com sequelas físicas e emocionais visíveis.
Os recursos e a informação disponível para ajudar os adultos (pais, avós…) a explicar o cancro às crianças são escassos, o que justifica a pertinência de criar uma ferramenta adaptada a crianças com mais de três anos, acessível, apelativa e facilitadora da comunicação entre o adulto e a criança.
Jornal Campeão das Províncias