Marcelo Rebelo de Sousa considera que “desconfinar a correr” seria “tentador e leviano” e recomenda que se “estude e prepare com tempo e bem o dia seguinte” e que esse dia seja escolhido sem precipitações”8. Na mensagem ao país, que proferiu esta quinta-feira depois de aprovada no Parlamento a renovação do estado de emergência, o Presidente da República afirmou que “temos de ganhar até à Páscoa o verão e o outono deste ano”.
O chefe de Estado referiu que por muito “sedutor” que seja reabrir, é preciso pensar duas vezes antes de criar expectativas de reaberturas apressadas e por isso refere que a Páscoa deve ser “um marco essencial para a estratégia em curso” e que isso “poderá implicar mais umas semanas de sacrificios pesados”.
Os números estão mais baixos e isso poderá ser tentador, mais ainda perante “o cansaço destas exigentes semanas”, reconhece Marcelo Rebelo de Sousa, no entanto, no outro prato da balanço está o número de internados que “é quase o dobro do indicado por intensivistas que estão no terreno” e o número de casos nos cuidados intensivos que “é mais do dobro do aconselhado” para evitar um novo sufoco, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República recordou que os números que colocaram Portugal no pior da Europa e do mundo são de há um mês e não de há um ano e o pior seria voltar “ao que acabamos de viver daqui a umas semanas ou meses”.