O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC) apresenta, esta quinta-feira (16), pelas 12h, o resultado de um estudo que avaliou a percepção quanto à participação das utentes no Programa de Rastreio de Cancro da Mama.
O cancro da mama é um problema de saúde pública com elevada incidência e taxa de mortalidade, sobretudo na mulher. Em Portugal, estima-se que em 2020 tenham sido diagnosticados cerca de 7.000 novos casos e 1.800 mortes provocadas por este tipo de cancro (Globocan, 2023).
A prevenção secundária destaca-se como a principal arma na redução da mortalidade por cancro da mama, seja numa perspectiva individual – de detecção precoce -, seja numa perspectiva colectiva – o rastreio populacional. O principal objectivo do rastreio consiste em reduzir a mortalidade por cancro da mama, podendo ser definido como a aplicação de um teste para identificar precocemente a doença assintomática.
Uma questão que tem vindo a ser levantada relativamente à participação no Programa de Rastreio prende-se com o seu eventual impacto na mulher, nomeadamente a nível psicológico. Este impacto psicológico, assim como barreiras percepcionadas pela mulher à participação, os benefícios e a satisfação com o rastreio, são factores susceptíveis de influenciar a adesão ao Programa, quer aquando do convite para um rastreio inicial (participação pela primeira vez) quer para participações subsequentes. A não participação no Programa de Rastreio, por sua vez, poderá dificultar a detecção precoce do cancro da mama.
Perante este panorama, o NRC.LPCC realizou um estudo que avaliou a percepção quanto à participação das utentes no Rastreio de Cancro da Mama, considerando uma amostra de mulheres que participaram neste Programa realizado pelo NRC.LPCC.
Os resultados do referido estudo serão apresentados em sessão pública, na sede do NRC.LPCC (Instalações B), em Celas, e contará com a presença: do Prof. Doutor Vítor Rodrigues, médico epidemiologista e presidente da Direcção do NRC.LPCC; da Dra. Natália Amaral, médica ginecologista e secretária-geral da Direcção do NRC.LPCC; e do investigador responsável pelo estudo, Prof. Doutor Bruno de Sousa, professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.