O filme promocional “Are You Ready?”, da Turismo Centro de Portugal, voltou a conquistar mais um prémio internacional, desta vez no “New York Festivals TV & Film Awards”, que premeiam conteúdos audiovisuais produzidos em todo o mundo.
A distinção volta, assim, a “enriquecer ainda mais a sua extensa fileira de prémios”, revela a Turismo do Centro, sublinhando a importância de mais um galardão, desta vez vindo dos Estados Unidos da América e num concurso com uma lista limitada de finalistas na categoria “Imagem Corporativa – Turismo”, ao lado de filmes de Espanha, França, Grécia, Chile, Áustria ou Nova Zelândia, entre outros.
“É extremamente recompensador recebermos mais esta prestigiada distinção, numa altura em que o mundo atravessa uma situação tão difícil. Os empresários, assim como todos os intervenientes na actividade turística, necessitam como nunca de boas notícias, como esta, que apontem caminhos de esperança para o futuro”, considera Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal.
“Os ‘New York Festivals’ são dos festivais mais reconhecidos no panorama da indústria audiovisual. É uma enorme honra para a região Centro de Portugal estar ao lado de outras produções de grande qualidade, representantes de todos os continentes”, acrescenta.
Os “New York Festivals TV & Film Awards” premeiam conteúdos audiovisuais produzidos em todo o mundo, cobrindo todas as áreas da indústria do cinema e da televisão. São escolhidos os melhores filmes em 14 categorias, que vão desde os programas de informação ao desporto, passando pelos documentários ou entretenimento, entre muitas outras.
Esta é, por isso, a 12.ª distinção conquistada pelo filme “Turismo Centro de Portugal – Are You Ready?” em festivais internacionais de turismo.
“O impacto da pandemia no turismo é maior do que o esperado”, reconheceu o presidente da Turismo do Centro, que defende apoios a fundo perdido para micro-empresas, moratórias alargadas e dilação dos prazos de pagamentos de empréstimos.
“A prioridade tem de ser salvar empresas para salvar empregos”, disse à agência Lusa Pedro Machado, considerando que são “claramente insuficientes” as medidas do Governo para o sector do turismo.
O responsável da Turismo do Centro coloca-se ao lado dos empresários que pedem novas medidas, mais favoráveis, e que têm alertado para a necessidade de “obrigar” a banca a apoiar um sector que tem sido o motor da economia nos últimos anos, em que foram batidos recordes de receitas e visitantes, no país e em especial na região Centro.
“O endividamento não pode ser a única solução para a crise” provocada pela pandemia covid-19, diz Machado, que defende a injecção directa de capital em empresas familiares e micro-empresas através de apoios financeiros a fundo perdido.
O líder da Turismo do Centro lembra que existem muitas pequenas empresas, nas áreas de turismo rural ou animação turística, por exemplo, sem “cash flow” (liquidez) que lhes permita sequer fazer face a situações de micro-crédito.
Essa realidade é mais visível em territórios de baixa densidade, como é o caso do Centro do país. Sem previsão de receitas, as empresas não podem correr o risco de se endividar, mesmo com condições especiais de pagamentos e juros.
“É patriótico salvar estas empresas que operam junto das populações, em territórios de baixa densidade”, defende.
No âmbito das linhas de financiamento decretadas pelo Governo, as micro-empresas beneficiam actualmente de um “Apoio à Tesouraria para Micro-empresas do Turismo – COVID-19”, correspondente ao valor de 750 mensais euros por cada posto de trabalho existente na empresa em 29 de Fevereiro de 2020, multiplicado pelo período de três meses, até ao montante máximo de 20 000 euros, com um período de carência de três meses e reembolso em três anos, sem juros.
Pedro Machado defende, ainda, o alargamento, pelo menos durante mais um ano do que o previsto, das moratórias bancárias decretadas pelo Governo em relação aos créditos bancários no sector do turismo, considerando insuficiente o prazo até 30 de Setembro.
O responsável dá como exemplo a Alemanha, onde os prazos já foram alargados, depois de o Governo de Angela Merkel ter chegado à conclusão de que o turismo vai precisar de pelo menos três anos para recuperar do impacto das medidas de confinamento decretadas no mundo inteiro.
Esta linha de raciocínio funciona também para o alargamento dos prazos de pagamento, através da suspensão automática de reembolsos de capital e juros, dos incentivos do Turismo de Portugal.
Machado é especialmente crítico da actuação da banca, denunciando a existência de dificuldades inesperadas e difíceis de explicar nas linhas de apoio à economia decretadas pelo Governo.
“Há bancos que estão a dar respostas negativas [às empresas] sem dar explicação”, revela Machado, garantindo que tem conhecimento de casos na região Centro.
O presidente da Turismo do Centro defende que o início do pagamento destes financiamentos passe de 2021, como está previsto, para uma data posterior, preferivelmente 2023, uma vez que dificilmente as empresas do sector terão capacidade financeira para suportar as adaptações que terão de ser feitas, daqui para a frente, para assegurar o regresso dos turistas.
“Volto ao princípio: o que está em causa é salvar empresas para salvar empregos”, conclui,
Nota: Para ver o filme multi-premiado da Turismo do Centro, com a duração de dois minutos e 52 segundos, basta aceder a esta hiperligação: