O mês de janeiro de 2022 foi considerado o quinto mais quente desde 2000 em Portugal continental, revelou esta sexta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) no ‘Boletim climatológico de janeiro de 2022’.
Já “o valor de temperatura máxima do ar foi o mais alto dos últimos 90 anos, com um valor médio de 15.29°C, + 2.20°C, em relação ao valor normal 1971-2000” e o “valor médio de temperatura mínima do ar, 4.02°C, foi 0.52°C inferior ao valor normal”.
Janeiro foi caracterizado por “valores diários de temperatura máxima do ar quase sempre superiores ao valor médio mensal”, salientando-se os períodos de 1 a 3 e de 27 a 31 de janeiro, “com desvios superiores a 4°C”.
O IPMA acrescenta que “foram ultrapassados ou igualados os valores extremos temperatura máxima do ar para o mês de janeiro em cerca de 15% das estações meteorológicas”.
“A temperatura mínima também começou com valores muito acima da média, mas a partir de dia 13 os valores diários estiveram quase sempre inferiores, destacando-se o período consecutivo de 10 dias, 17 a 26 de janeiro”, frisa.
No que diz respeito à precipitação, o mês passado foi o sexto janeiro mais seco desde 1931 – sendo o mais seco em 1935 – e o segundo mais seco de 2000, ficando apenas atrás de 2005.
Em janeiro de 2022, “o valor médio da quantidade de precipitação, 13.9 mm, foi muito inferior ao valor normal 1971-2000, correspondendo a apenas 12%”. Em cerca de 75% do território os valores da quantidade de precipitação neste mês foram inferiores a 10 mm.
O índice de percentagem de água no solo (SMI) registou “uma diminuição significativa em relação ao final de dezembro em todo o território”, destacando-se os “valores inferiores a 20% na região Nordeste e na região Sul, sendo que em muito locais dessas regiões já se atingiu o ponto de emurchecimento permanente”.
O IPMA alerta ainda para o “agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, com um aumento da área e da intensidade, estando no final do mês todo o território em seca com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”.
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