O XXII Governo Constitucional de Portugal pode tomar posse já daqui a uma semana (a 22 ou 23 de Outubro), segundo afirmou o primeiro-ministro indigitado, António Costa.
A data tem como base ser o dia seguinte à primeira reunião da nova Assembleia da República.
“Se [a Assembleia da República] reunir a 21, o senhor Presidente da República irá marcar a tomada de posse para 22, se [a Assembleia] reunir a 22, marcará a tomada de posse para 23”, disse.
As declarações foram proferidas, ao final da noite de ontem, no Palácio de Belém, em Lisboa, logo após a divulgação do seu novo elenco governamental, onde referiu que “tudo depende agora do apuramento dos resultados e do início de funções da Assembleia da República”.
Segundo os seus cálculos, se o apuramento geral dos resultados ficar concluído hoje (16) e os resultados eleitorais forem publicados em Diário da República ainda esta semana, “ou no dia 17 ou no dia 18” (quinta ou sexta-feira), “o que é normal é que a Assembleia da República reúna ou a 21 ou a 22”, segunda ou terça-feira da próxima semana.
O primeiro-ministro indigitado adiantou, ainda, que espera que, após o início de funções da nova Assembleia da República, o Presidente da República “possa dar posse e nomear não só os ministros mas também toda a equipa governamental”.
António Costa esteve reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante cerca de meia hora.
Nesta reunião, António Costa propôs “a nomeação da lista de ministros e dos três secretários de Estado que normalmente têm assento no Conselho de Ministros e que integrarão o XXII Governo Constitucional”.
De acordo com uma nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “deu o seu assentimento à proposta que será oportunamente complementada com os restantes secretários de Estado”.
“A nomeação e posse do XXII Governo Constitucional está prevista para a próxima semana em data a determinar depois da publicação do mapa oficial da eleição realizada em 06 de Outubro e da primeira reunião da Assembleia da República”, lê-se na mesma nota.
A Constituição estabelece que compete ao Presidente da República nomear o primeiro-ministro, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais, e nomear e exonerar os membros do Governo, sob proposta do primeiro-ministro.
Passados dois dias das eleições legislativas, Marcelo Rebelo de Sousa ouviu os dez partidos com representação parlamentar e logo de seguida, nesse mesmo dia 08 de Outubro, indigitou o secretário-geral do PS, António Costa, como primeiro-ministro.
Nas legislativas de 06 de Outubro, o PS foi o partido mais votado, com 36,65 por cento dos votos em território nacional, conseguindo uma maioria relativa de 106 deputados. Falta, ainda, contabilizar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respectivos quatro mandatos.
No total, António Costa propôs 19 ministros, entre os quais quatro são ministros de Estado. O primeiro-ministro nomeou, ainda, três secretários de Estado. Apenas cinco ministros são novos, havendo subidas de secretário de Estado para ministro.
São eles: