Águeda, Aveiro, 17 de Abril de 2025

Ordem dos Médicos do Centro denunciam falhas no plano de vacinação no privado

20 de Janeiro 2021

Os planos de vacinação nos hospitais da região Centro não estão a ser cumpridos, voltou a alertar Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), que considerou inadmissível que haja médicos por vacinar.

“É inaceitável que os médicos que estão expostos a tratar doentes no sector privado ainda não tenham sido vacinados. Há limites para a desorganização e a incompetência, que estão a tornar-se insuportáveis”, criticou o responsável, em declarações à agência Lusa.

Segundo o médico, nos hospitais há profissionais e administrativos que estão a ser vacinados que “não têm qualquer exposição de risco” à covid-19, contrariando os critérios definidos pela ‘task-force’ criada pelo Governo”.

De acordo com o presidente da SRCOM, no privado há centenas de médicos a tratar doentes com o novo coronavírus que não receberam ainda nenhuma notificação para serem vacinados.

Um inquérito realizado pela Ordem dos Médicos identificou que fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS) existem 4 043 médicos interessados em receber a vacina, de entre os quais quase 300 em Coimbra, 61 em Aveiro, 25 em Castelo Branco, 22 na Guarda, 61 em Leiria e 49 em Viseu.

“É uma segregação verdadeiramente intolerável. A natureza do vínculo laboral não pode ser um factor discriminatório”, assume Carlos Cortes, exortando o Ministério da Saúde a iniciar a vacinação dos médicos do sector privado com carácter prioritário.

O presidente da SRCOM considera necessário “ampliar o plano de vacinação o mais rapidamente possível para os profissionais estarem protegidos e darem assim condições de segurança aos seus doentes”.

Segundo o dirigente, a Ordem dos Médicos vai solicitar à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) que investigue todas as situações, “precisamente onde foram reportados casos problemáticos”.

“Os critérios definidos pela ‘task force’ da vacinação não estão a ser respeitados por quem deveria cumprir as decisões, isto é, o próprio Ministério da Saúde”, argumenta, ainda, Carlos Cortes, que alertou, também, para a situação de ruptura que se vive nos hospitais da região Centro.

Jornal Campeão das Províncias


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