A Câmara de Aveiro lançou o concurso público para a requalificação da Avenida Lourenço Peixinho, num investimento de 4,5 milhões de euros, que prevê a valorização do espaço destinado aos peões, informou hoje a autarquia.
O projeto de execução da empreitada, que tem um prazo de execução de 16 meses, foi aprovado na última reunião de Câmara com os votos a favor da maioria PSD/CDS e os votos contra dos dois vereadores do PS.
Em declarações hoje à Lusa, o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, disse que a obra deverá decorrer ao mesmo tempo que a requalificação do Rossio e da Praça Humberto Delgado, cujo concurso público foi lançado na quinta-feira.
Se tudo correr de forma normal, teremos as obras na maior parte do tempo de execução a ocorrer em simultâneo, o que para nós não é problema nenhum”, disse o autarca.
O projeto da nova Avenida prevê duas faixas de rodagem com duas vias em cada sentido e uma zona de estacionamento em paralelo à via, também em cada sentido, junto aos passeios, que vão passar a ter uma largura superior a cinco metros.
Numa nota de imprensa, a câmara diz que pretende com esta requalificação “valorizar e rentabilizar os usos e a imagem da Avenida, aumentado o espaço público, no sentido de promover as relações humanas, dando mais qualidade ao espaço pedonal e ciclável”.
À custa da redução da plataforma central, vamos poder alargar os passeios mais ou menos para o dobro. Isto para nós é um objetivo muito importante, porque vai dar mais conforto aos peões e dar mais visibilidade às fachadas que têm valor patrimonial”, disse Ribau Esteves.
Segundo o autarca, os quatro cruzamentos com semáforos vão acabar, sendo que dois deles vão ser substituídos por rotundas, e a velocidade de circulação será limitada a 30 quilómetros por hora.
Ribau Esteves referiu ainda que o número de árvores vai aumentar em cerca de 60%, relativamente ao que existe atualmente, tendo a escolha recaído na Ginkgo biloba.
“É uma árvore japonesa muito bem adaptada às nossas condições e que tem mais capacidade de fixar o CO2”, explicou.
Na componente da valorização patrimonial, a autarquia destaca o troço entre os edifícios da Antiga Capitania e do antigo Banco de Portugal, com um piso homogéneo e à mesma cota, dando primazia ao peão, recolocando o Monumento ao Soldado Desconhecido, aproximando-o das pessoas e criando novas ofertas de zonas de estar, paragens de autocarros e praça de táxis.
A empreitada está inserida no Plano de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Aveiro (PEDUCA), e será cofinanciada pelos Fundos Comunitários do Portugal 2020.
Lusa