O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) questionou,o Governo sobre o processo de eutrofização da Lagoa de Mira, alertando para a urgência de “tomar medidas concretas” para reduzir as descargas de poluentes no local.
Como sinal evidente do processo de eutrofização (quantidade excessiva de algas), as águas da Lagoa encontram-se esverdeadas, tal como constatou o PEV em visita ao local.
O partido explicou que o processo “coloca em causa a biodiversidade desta lagoa e que é consequência de descargas de poluentes” feitas no local, justificando que as descargas são feitas “a montante, na ribeira da Fervença, que alimenta esta lagoa, por ineficiência do sistema de tratamento das águas residuais da empresa Águas do Centro Litoral [AdCL], responsável pelo sistema de saneamento e tratamento das águas em alta dos concelhos de Cantanhede e de Mira”.
A solução para resolver este problema passa por, segundo “Os Verdes”, construir “uma ETAR de tratamento terciário, em Cantanhede, permitindo servir estes dois municípios”. Aliás, o partido avança com a informação de que o anúncio de um concurso foi publicado para a empreitada de construção da ETAR de Cantanhede, que, “na melhor das hipóteses, só estará concluída para o final de 2023”, continuando a ocorrer até lá “sucessivas descargas de efluentes sem o devido tratamento”.
Em pergunta colocada ao Ministério do Ambiente e da Acção Climática, o PEV questionou se a tutela tem monitorizado a qualidade das águas da ribeira da Fervença e se se encontra salvaguardada a saúde pública face ao estado actual da Lagoa de Mira.
Jornal Campeão das Províncias