O Tribunal de Aveiro condenou hoje a três anos e três meses de prisão efetiva o autor confesso de um assalto à mão armada a um homem de 63 anos no apeadeiro de Salreu, em Estarreja.
O coletivo de juízes deu como provado o crime de roubo agravado de que o arguido de 37 anos estava acusado.
O assaltante, que se encontra a cumprir uma pena de seis anos de prisão por vários crimes de roubo, também estava acusado de detenção de arma proibida. No entanto, este crime acabou por cair, porque o arguido já tinha sido condenado num outro processo pela mesma arma.
Durante o julgamento, o homem confessou todos os factos, adiantando que o roubo foi cometido com a ajuda da companheira, de quem se divorciou, entretanto.
“Ela foi a primeira a abordar o senhor e depois veio ter comigo e disse-me que a pessoa em questão tinha dinheiro e telemóvel”, relatou.
O arguido justificou o assalto com o facto de estarem a passar por dificuldades, adiantando que o dinheiro era para “meter comer em casa e pagar dividas”.
Os factos ocorreram na tarde do dia 23 de janeiro de 2016, quando a vítima estava à espera do comboio, no apeadeiro de Salreu, em Estarreja.
O arguido abordou o sexagenário, apontando-lhe uma pistola e mandou-o pôr as mãos no ar. Em seguida, revistou-o e retirou-lhe a carteira com 70 euros, uma aliança e um telemóvel e fugiu.
Em 2016, o suspeito foi condenado no Tribunal de Aveiro a cinco anos de prisão suspensa, por vários crimes de roubo, incluindo um assalto a uma ourivesaria em Estarreja, que ocorreu cinco dias depois dos factos agora em julgamento.
Posteriormente, o Ministério Público recorreu da decisão para o Tribunal da Relação do Porto que considerou que as penas aplicadas tinham sido “algo benevolentes”, tendo fixado o cúmulo jurídico em seis anos de prisão.
Lusa