Um programa desenvolvido pela Universidade de Aveiro, com o principal objetivo de promover competências sintáticas em crianças de idade pré- escolar e escolar, foi alvo de dois registos de marca nacional realizados pela UACOOPERA, estrutura responsável pela proteção dos resultados de ID da Universidade de Aveiro (UA). Designado programa de intervenção PROsyntax, foi concebido no âmbito de estudos do Mestrado em Terapia da Fala.

O programa PROsyntax foi desenvolvido no grupo de investigação liderado por Marisa Lousada, investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e professora da Escola Superior de Saúde da UA (ESSUA), e Alexandrina Martins, membro do Centro Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL). O trabalho decorreu no âmbito dos trabalhos de dissertação das terapeutas da fala Mafalda Azevedo (atual estudante de doutoramento da UA) e Raquel Crespo, no Mestrado em Terapia da Fala da ESSUA.

O programa (que inclui um manual em papel e um conjunto de ilustrações), já validado por peritos na área, entrará brevemente no mercado. A UA, através da UACOOPERA, procedeu ao licenciamento do produto para a empresa Trilhos de Mudança, Lda. Este programa tem como público-alvo profissionais da área da saúde e educação que contactem com crianças de idade pré-escolar e escolar, por exemplo terapeutas da fala, educadores de infância e professores.

O PROsyntax foi galardoado com o Prémio Coletivo Investigação Científica Dra. Maria Lutegarda, na Cerimónia de entrega dos Galardões da 2ª Edição promovida pela Fundação AFID Diferença, na Fundação Calouste Gulbenkian.

A fase seguinte, que se desenrolará no âmbito da tese de doutoramento de uma das autoras, Mafalda Azevedo, será avaliar os efeitos da aplicação do PROsyntax, nomeadamente, em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo e com Perturbação do Desenvolvimento da Linguagem. Crianças com estas perturbações, quando não são alvo de intervenção, poderão apresentar dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita.