Utentes dos serviços de Saúde de Albergaria-a-Velha concentraram-se hoje ao fim da tarde à entrada do Agrupamento de Centros de Saúde (ACS) do Baixo Vouga, para reclamar a reabertura de serviços e melhoria das estruturas.
Num abaixo-assinado que entregaram ao responsável pelo ACS, criticam a falta de condições de funcionamento do edifício do Centro de Saúde de Albergaria-a-Velha e da falta de médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, e reclamam a reabertura de extensões de saúde em todas as freguesias.
“A gota de água foi o Centro de Saúde ter encerrado por causa de a chuva entrar lá dentro, em finais de outubro, e as pessoas chegaram lá para a consulta e não estava aberto”, explicou à Lusa Ana Isaura Costa, da comissão de utentes, criada depois desse episódio.
A requalificação urgente das instalações do Centro de Saúde de Albergaria-a-Velha, para que essas situações não se repitam, é uma prioridade para a comissão de utentes.
Agora, a preocupação estende-se ao possível encerramento de várias unidades de saúde familiar, referindo temerem que apenas Albergaria-a-Velha, Branca e Angeja continuem a funcionar.
“O que está em cima da mesa é haver só unidades de saúde familiar na Branca, em Albergaria-a-Velha e em Angeja, o que é manifestamente insuficiente. As pessoas não têm transporte público. Houve uma senhora que esteve na concentração e que contou que teve de se deslocar de casa ao Centro de Saúde e pagou 15 euros de táxi para cada lado”, relatou à Lusa.
Segundo Isaura Costa, tratava-se de uma utente que reside em Vale Maior, cuja extensão de saúde foi encerrada, receando-se que o mesmo venha a suceder com outras.
“Reclamar o cumprimento da lei, exigindo a reabertura das extensões de saúde por todo o concelho com pessoal administrativo e um corpo clínico, capaz de garantir médicos e enfermeiros de família, para todos” é um dos objetivos do abaixo-assinado entregue.
A admissão de funcionários administrativos “por forma a melhorar o atendimento e diminuir o tempo de espera” é outra das reivindicações, sem esquecer “a reabertura do Serviço de Urgência de forma a dar resposta às situações de pequena e média gravidade, evitando a sobrecarga das urgências do Hospital Central”.
Lusa